Devemos, sim, limpar gavetas, os armários, a casa toda, pois ninguém consegue viver com qualidade – e saúde – num ambiente inóspito e nojento. Então, já parou para pensar sobre as causas de suas doenças e/ou de sua má qualidade de vida? Você anda limpando as gavetas de seu coração e os armários de sua mente? Rancores, ressentimentos devem ser descartados. O perdão deve ser regra, não exceção. No entanto, isso não implica em ter que continuar com um relacionamento destrutivo. Perdoe e siga em frente. Há muitas pessoas que sugam sua bondade e solidariedade. E quando vemos, vamos criando ressentimentos e raiva por certas pessoas. Ao invés de continuar nesse ciclo vicioso, não seria mais fácil e racional deixar esses relacionamentos para trás, perdoar com o coração aberto e seguir em frente? Por que que muitos de nós continuamos a insistir numa situação que só traz amargo de ressaca na boca ? Porque pensamos somente no momento da “bebedeira”, em que tudo é “alegria” (falsa alegria, diga-se de passagem) e prazer. Daí vem a ressaca destrutiva. E mais raiva e ressentimento guardamos, pois esperávamos daquele amigo, amante ou parente, um retorno: um obrigado, um telefonema, um abraço... Não recebemos. Mas vamos lá novamente, se doar, pois, afinal, “a vida é curta” e temos que manter “custe o que custar” os amigos e os amores. Será? Creio que temos que manter custe o que custar nossa integridade, saúde física e mental – e espiritual para os menos céticos... Essa vida é muito curta para alimentarmos ilusões e sofrimentos...
Ao insistir em relações que podemos denominar “cármicas”, estamos trazendo lixo para dentro de nossa casa, nossa morada: o corpo. O espírito, que o habita, se incomoda com tanta sujeira e esse incômodo é refletido em nosso corpo através de doenças psicossomáticas: fibromialgia, depressão, alergias, etc. Mas acreditamos que esses problemas tem um fator externo ou orgânico e remédios vão curar. Sabe o que os remédios fazem? Colocam a sujeira para debaixo do tapete. O principal culpado, na maioria dos casos, por sua má qualidade de vida e doenças, é você que não consegue limpar as gavetas cheias de bugigangas e recordações inúteis e infantis daquele que um dia supostamente te amou, ou do amigo que sempre fez festas bacanas com você. Então, em nome desses “doces” momentos – passados –, você continuará acumulando sujeira para dentro de seu coração, mente, corpo, alma.
Perdoar não siginifica, necessariamente, ter que continuar com uma relação ou uma situação que deixa você cada dia mais “sujo”. Você pode perdoar seu chefe ou um colega de trabalho que te puxou o tapete, e mudar de emprego, seguir em frente sem rancor. Você pode perdoar um amor por ter te “traído”, e desejar toda a felicidade do mundo para ele/ela e seguir em frente sozinho, leve – além de limpo. Você pode perdoar aquele parente que por um motivo ou outro te magoou, mas não tem que, necessariamente, conviver com essa pessoa ou visitá-la todos os dias. Apenas deseje o melhor para essas pessoas e rompa com relacionamentos que traz imundices para seu coração. É difícil, eu sei, e dependendo da situação e das pessoas envolvidas é um processo longo e doloroso. Já levei anos para perdoar alguém e anos para receber o perdão também. Mas no momento em que acreditarmos na força do perdão e sabermos filtrar nossas amizades e relacionamentos (afastando-se de quem nos suga e magoa), acredito que é um grande passo para iniciarmos a limpeza da maior morada de nossa vida.
Isso, no entanto, é um processo contínuo, pois pessoas vem e vão a todo momento em nossas vidas. O tempo e a vontade de uma limpeza profunda e frequente certamente nos guiarão a uma vida plena, sem doenças e com uma excelente qualidade de vida, em que poderemos dormir em paz e sem preocupações, sentir o gosto do alimento e livrarmos de vícios como tabaco e álcool, que na verdade nada mais são do que um véu que cobre a sujeira que não queremos ver. Teimamos em não ver essas sujeiras porque, como sabemos, a faxina é um processo demorado, “chato”, penoso, cansativo que pode causar dores no corpo se pegarmos pesado... Mas, no final, teremos a recompensa de uma morada limpa, cheirosa e aconchegante onde nosso espírito estará feliz e confortavelmente habitado...
Joque fora tudo o que não presta: sentimentos negativos, rancores, mágoas, inveja, ciúmes... E descarte de sua vida relacionamentos destrutivos, que não têm nada a te acrescentar como um ser humano em evolução... Pratique a arte do desapego também. Se apegar a situações e pessoas é insegurança e carência. Liberte-se da sujeira!
Jacke C.
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