8.02.2011

Encruzilhada

Encruzilhada. Que caminho escolher? Quantos já não se depararam com esta situação. Então escolhemos o caminho. Mais à frente, nos perguntamos: "e se eu tivesse escolhido o outro lado? Acho que teria sido melhor..." Aí que está a questão: nunca estamos satisfeitos! Sempre achamos que o outro caminho teria sido melhor. Daí vem a angústia. E alguns aconselham: “Siga o seu coração” e blá,blá,blá... Mas, geralmente, quando surge essas encruzilhadas é justamente  quando nosso coração está dividido: 50% pra direita , 50% pra esquerda. Então, consultá-lo, não ajuda.  

Deparei-me com esta situação, a qual me tirou o sono durante semanas... Dores de cabeça constantes de tanto pensar, pensar e pensar. Resolvi consultar amigos. A indecisão cresceu mais ainda. Não ajudou também. O fato é que quando temos que tomar importantes decisões em nossas vidas, não adianta oráculos, amigos, família, pois é a nossa vida que está em jogo.  Ninguém a viverá por você.  Após vários cigarros e com a cabeça zunindo, quase que chegando a um colapso nervoso, fui obrigada a PARAR. Parar de pensar, ou então, enloqueceria de vez.  Pensei: quer saber, tenho e preciso dormir. E se amanhã eu morrer ? De nada vai adiantar queimar os miolos. Montei minha barraca na frente da encruzilhada e dormi, com o último pensamento: “Vou morrer amanhã mesmo, chega de pensar”.  E “morri” durante doces 8 horas.

Acordei, fiz um café e acendi um cigarro (atestado de burrice, eu sei...). Procurei o céu. Sentei na sacada. E me veio a pergunta curinga que me ajudaria a decidir a questão, ou melhor, as perguntas:  “Você está feliz?” ,” Você é feliz?”, “Você está feliz AQUI e fazendo coisas que gosta?”. Não precisei de 2 segundos.  E respondi:  Não. Consequentemente,  outras  perguntas surgiram, “O que fazer para mudar ?” “O que fará você feliz novamente ?”, etc... Aos poucos fui respondendo, sem angústia. Abri o coração para mim mesma, o que  é a coisa mais rara do mundo! Geralmente abrimos o coração para outras pessoas, e ironicamente, quase nunca para nós mesmos... Então, se não estou e não sou feliz aqui, se só faço coisas que não gosto, porque continuar? Já tentei mudar a situação aqui, e nenhum retorno. Apenas mais desilusões. Hora de seguir o caminho oposto. Tentar ser feliz do outro lado... Claro que também veio aquela voz irritante do ego e da insegurança que me perguntou “E se não der certo?”  Olha, pior que está não será. Tentarei. Nada é pra sempre, até a próxima encruzilhada... E sempre, sempre que vc se deparar com uma situação que exija escolha, pergunte: O que me faz e o que me fará feliz? – Feliz plenamente e com paz de espírito...  

Creio que é isso que nos mantém vivos: buscar alguma paixão que nos alimente e nos faça sentir vivos, felizes e com paz. Não digo paixões referentes a relacionamentos (pois dependendo da paixão, têm o efeito oposto: destruição), e sim, paixões relacionadas àquilo que gostamos de fazer, nossos sonhos –  que muitas vezes desistimos por insegurança.  Aos quase 30 anos de idade resolvi mudar tudo:  de cidade/país, de profissão, de relacionamentos sem futuro, de perspectiva de vida e o modo como vejo a vida. E não interessa, mesmo que eu tivesse 60 anos, mudaria, pois não é justo passar o resto da vida no meio da angústia e infeliz.  Como diz o Título de meu Blog: “Carpe Diem”!!! 


Jacke C.

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