Encontrei dores, amores, ilusões e humilhações.
Apertei a mão da senhora solidão.
Passei pelo inferno de Dante.
Lá, sangrei meu coração.
Abri a porta do purgatório e creio que alguns pecados ali paguei.
Não satisfeita (teimosa...), continuei errando,
Mas enganei meus demônios e fui ao céu.
Não havia sol ou estrelas e a tempestade
me trouxe de volta ao chão.
No meio da tormenta procurei abrigo
E um lugar para chamar "home".
Noites geladas e comidas sem gosto
Me fizeram lembrar que eu não estava em casa...
(E) Sempre me odiei por ser uma pobre louca
e uma louca pobre,
Até que me deparei com "ricos" insensatos, amargos e chatos.
Então, finalmente, aprendi a amar o ser estranho que sou.
Mas ainda assim estava à procura da felicidade...
Cansada de pedir a divindades que me mostrassem o
caminho da cobiçada felicidade, resolvi partir.
Não, não voltei para minha bela terra, verde e amarela,
A qual tão cegamente e arrogantemente desprezei...
Atravessei o oceano menor.
...
Viajei pelas montanhas
Vi praias desertas
Senti o inexplicável
Xinguei Deus quando as coisas davam errado
Pedi perdão e rezei para que anjos me guiassem.
Briguei comigo mesma.
Sangrei sozinha.
Chorei de alegria, tristeza e saudades...
Peguei trilhos errados...
Saí dos trilhos também.
Vi belos homens, lindas mulheres
E muita gente estranha...
Peguei chuva, sol, vento. Adoeci.
Molhei meus pés nas águas mais claras que já vi.
Fui a belos castelos, palácios e ruínas.
Tomei água suja e comi mal.
Mas também bebi dos melhores vinhos,
E provei o queijo mais saboroso.
Aliás, às vezes eu tinha a faca e o queijo nas mãos,
Mas elas estavam atadas longe uma da outra...
Fiz amigos de 15 minutos
Inimigos – nenhum.
Declarei guerra contra mim mesma
Fiz um acordo de paz entre
minha razão e meu coração.
Conheci o pior lado de meu ser,
Mas também conheci o meu lado mais forte
– o qual jamais notei.
...
Estranho que percorrendo o mundo afora procurando a tal felicidade, encontrei dentro de mim o que sempre procurei em volta.
Ir para bem longe foi a única maneira que encontrei de me encontrar...
E a procura pela felicidade tornou-se algo banal, pois ela simplesmente bate a nossa porta quando menos esperamos...
Mas não a escutamos. Cegos, loucos e gananciosos, procuramos em outros lugares e em bens materiais o que simplesmente existe por existir...
Felicidade vem de dentro: clichê "idiota", idiotamente ignorado por todos nós – igualmente idiotas...
Jackie C.
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